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Vendas do comércio de BH continuam em queda

Sugestão de Pauta

O aumento do desemprego tem pressionado o orçamento das famílias que estão sendo forçadas a reduzir o consumo para equilibrar suas contas.  Como reflexo disso, as vendas do comércio registraram queda de 1,61% no acumulado do ano (Jan.16-Out.16), na comparação com o mesmo período de 2015. Apesar da retração, o índice é menor que o observado no mesmo período do ano anterior (-3,48%). Os dados são do Termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

 

 

Vendas do comércio de BH

Base: Acumulado do ano (Jan-Out)


(Gráfico 1)

O vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, explica que o fraco desempenho do varejo é reflexo da menor atividade no cenário macroeconômico. “Este ano, tivemos uma piora considerável nos indicadores de emprego. Com menos pessoas inseridas no mercado de trabalho o capital que circula na economia também reduz”, afirma. “Além disso, a inflação também tem corroído de poder de compra das famílias e, consequentemente, o desempenho do comércio da capital que deve encerrar o ano com uma queda de 2,97%”, completa.

 

Nessa base de comparação (Jan-Out.16/Jan.Out.15), os setores que apresentaram desempenho negativo foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,43%); Papelarias e Livrarias (-2,22%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,10%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,05%); veículos e peças (novos e usados) (-1,02%). Já os segmentos que apresentaram aumento nas vendas foram: artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+0,32%); supermercados e produtos alimentícios (+0,11%) e drogarias, perfumes e cosméticos (+0,11%).

 

Vendas do comércio de BH

Base: Anual

(Gráfico 2)

 

Comparativo com o ano anterior – Nessa base de comparação (Out.16/Out.15), o comércio da capital apresentou retração de 1,27%. “A combinação de fatores como as altas taxas de juros e a pressão inflacionária tem prejudicado o consumo na capital”, afirma o vice-presidente da CDL/BH. “Com os juros em patamares elevados a compra de produtos de maior valor agregado fica inviável, pois o acesso ao crédito é dificultado. Além disso, com o encarecimento do custo de vida acabam sobrando menos recursos para as famílias realizarem suas compras”, completa.

 

Nesta base de comparação, apresentaram queda nas vendas os seguintes setores: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,48%); veículos e peças (novos e usados) (-0,61%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-0,60%); supermercados e produtos alimentícios (-0,30%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,23%). Registraram aumento nas vendas os setores: drogarias, perfumes e cosméticos (+0,56%); artigos diversos (+0,13%) e Papelarias e Livrarias (+0,08%).

 

Comparativo com o mês anterior – Já em relação ao mês imediatamente anterior (Out.16/Set.16), o varejo da capital apresentou um aumento nas vendas de 0,22%. Segundo Gaspar esse crescimento é reflexo das vendas do Dia das Crianças. “A data possui um forte apelo emocional, e por isso acaba tornando o mês de setembro uma base fraca de comparação”, finaliza.

 

Vendas do comércio de BH

Base: Mensal

 

(Gráfico 3)

 

Nessa base de comparação (Out.16/Set.16), os segmentos que tiveram redução nas vendas foram: supermercados e produtos alimentícios (-1,57%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,43%); veículos e peças (novos e usados) (-0,34%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,11%). Apresentaram desempenho positivo os seguintes segmentos: drogarias, perfumes e cosméticos (+1,97%); tecidos, vestuário, armarinho e caçados (+1,76%); artigos diversos (+1,21%) e Papelarias e Livrarias (+1,09%).