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Brasil encerrou 2016 com queda de 3,6% no PIB

Sugestão de Pauta

Em um ano marcado por turbulências políticas e econômicas, o Brasil encerrou 2016 com registro de queda de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o segundo ano seguido de retração do indicador, que já havia recuado 3,8% em 2015. No acumulado do biênio, o decréscimo chega a 7,2%, resultando na pior recessão do país já registrada pelo IBGE.

 

Inflação alta, juros elevados e aumento do desemprego vêm criando uma espécie de ciclo vicioso que dificulta a vida dos cidadãos, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Durante todo o ano de 2016, a pressão inflacionária corroeu o orçamento e o poder de compra das famílias. Os juros elevados encareceram o crédito e dificultaram a renegociação de dívidas e a queda dos níveis de emprego diminuiu a renda familiar disponível para o consumo.

 

A deterioração desses indicadores acabou abalando o desempenho do setor produtivo de forma generalizada e todos os setores recuaram em 2016 – agropecuária (6,6%), indústria (3,8%) e serviços (2,7%).

 

O setor de comércio e serviços é um dos que mais vem sentindo a queda do nível de consumo brasileiro em função da instabilidade econômica dos últimos anos. Divulgado recentemente, o indicador de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) apontou que o desempenho do comércio na capital no acumulado de doze meses (Janeiro a Dezembro de 2016) teve queda de 1,49%. Em 2015 a retração havia sido ainda maior (4,34%).

 

Diante desse cenário, a expectativa do movimento lojista é que o governo federal se mantenha firme na adoção de medidas para a retomada do desenvolvimento econômico brasileiro. Para este ano, a expectativa do mercado é que o desempenho no primeiro trimestre já esteja em patamares positivos. A queda da inflação e a redução da taxa de juros pelo Banco Central são as principais razões para o ânimo do mercado. A projeção, inclusive do PIB, é de crescimento de 0,5%. O esperado é que, com isso, famílias e empresários voltem a consumir e investir e que o ano de 2017 seja o pontapé definitivo para a retomada da estabilidade econômica.