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Consumidor mineiro está com menos dívidas em atraso

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O número de dívidas de pessoas físicas no Estado registrou queda de 3,26% em abril deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2016. A informação é do indicador de inadimplência do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais. “A injeção de R$ 34 bilhões na economia, em função dos recursos do FGTS, tem possibilitado que boa parte da população utilize o benefício para regularizar suas pendências e diminuir o número de dívidas”, afirma Bruno Falci, presidente do SPC Brasil e do Conselho Estadual de SPC de Minas. Ainda de acordo com os dados, no recorte mensal (Abr.17/Mar.17), a retração foi de 1,56%.

Na aspecto gênero do devedor anual (Abr.17/Abr.16), a queda no número de dívidas foi maior entre os homens (-3,96%), enquanto a retração dos débitos do público feminino foi de 3,05%. Na análise por faixa-etária, a maioria das dívidas registradas no SPC Brasil ocorre entre as pessoas acima dos 50 anos (35,33%). “São os responsáveis financeiros pelas famílias, que sentem mais no bolso os reflexos do aumento do custo de vida. Muitos, inclusive, vivem apenas com a renda da aposentadoria”, explica Falci.

Número de pessoas físicas inadimplentes também recua

Na comparação mensal (Abr.17/Mar.17), houve queda de 0,35% no número de consumidores inadimplentes junto ao SPC de Minas Gerais. Já na variação anual (Abr.17/Abr.16), foi registrada leve alta de 0,64%. Em abril de 2016, esse índice havia sido de +4,70%. Segundo Bruno Falci, mesmo com os recursos extras do FGTS ajudando as pessoas a quitarem seus débitos, a alta taxa de desemprego ainda compromete a capacidade de pagamento de muitos consumidores. “Isso explica essa variação crescente, ainda que em menor escala, do número de pessoas endividadas”, analisa.

Na abertura por faixa etária, no mês de abril de 2017, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o número de inadimplentes mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos apresentou queda de 26,99%. As pessoas acima de 50 anos registraram a maior concentração de endividados (40,20%). “A retração entre os mais jovens se deve ao fato de esse público estar demorando mais a entrar no mercado de trabalho e, por isso, sem renda, não apresentam consumo e endividamento altos”, afirma Bruno Falci.  

inadimplência de pessoas jurídicas registra alta, mas em menor ritmo

A melhora de alguns indicadores econômicos, tais como juros e inflação, tem contribuído para frear o ritmo do aumento da inadimplência em empresas do Estado. Em abril deste ano houve alta de 7,45% no número de pessoas jurídicas inadimplentes, comparando-se com o mesmo período de 2016. Entretanto, esse índice foi quase a metade do que foi registrado em abril do ano passado, quando o crescimento foi de 15,28%.

Bruno Falci explica que, mesmo com a taxa de desemprego elevada, a inflação começou a desacelerar (0,25% em Mar.17) e os juros estão diminuindo (11,25% em Abr.17). “A melhora desses indicadores poderá estimular a retomada do investimento e impactar positivamente na geração de emprego e, consequentemente, no aumento do consumo e das receitas das empresas”.

Na base de comparação mensal também foi registrado crescimento, mas de forma moderada. Em abril de 2017 a alta foi de 0,95% ante 1,43% no mesmo mês de 2016. O setor que registrou a maior quantidade de empresas inadimplentes foi o de serviços. Na comparação anual (Abr.17/Abr.16), a alta foi de 11,94%. Os demais setores comportaram-se da seguinte forma: comércio (+5,84%); indústria (+5,97%); agricultura (+2,21%) e outros tipos de estabelecimentos (-7,19%).

Número de dívidas das empresas mineiras também desacelera

Em Minas Gerais, o número de dívidas em atraso de pessoas jurídicas cresceu 5,42% em abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016. “O número de dívidas está seguindo a mesma tendência do número de empresas devedoras, com desaceleração do crescimento. Em abril de 2016 esse índice alcançou +17,93%”, ressalta Bruno Falci.

Ainda de acordo com os dados do Serviço de Proteção ao Crédito das CDL’s de Minas Gerais, na comparação mensal (Abr.17/Mar.17), o número de dívidas em atraso apresentou leve crescimento de 0,72%. No mesmo período de 2016, o resultado foi de +1,29%

Metodologia – Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e as CDL’s de Minas Gerais têm acesso.