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Índice de Confiança dos Empresários em relação a economia e finanças da capital é o maior dos últimos 18 meses

Sugestão de Pauta

Os empresários belorizontinos estão mais confiantes, é o que mostra o Indicador de Confiança do Empresário (ICE) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), que registrou 51,2 pontos no terceiro trimestre de 2017 (Julho, Agosto, Setembro). Em comparação ao último levantamento (Abril, Maio, Junho), houve um crescimento de 7,7 pontos. Esta pontuação é a mais alta já atingida pelo ICE nos últimos 18 meses, período em que a CDL/BH começou a realizar esta pesquisa. O levantamento foi realizado no mês de setembro com 145 empresários de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

Após ter ultrapassado pela primeira vez o nível neutro de 50 pontos no primeiro trimestre de 2017 (50,7 pontos), o indicador apresentou redução no segundo trimestre (43,5 pontos).  Com a melhora no cenário econômico, o indicador voltou a crescer no terceiro trimestre. O resultado positivo do indicador é reflexo da alta do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre (+0,2% frente ao primeiro trimestre de 2017), da redução da inflação, dos juros e do desemprego (2º tri.17 em 13,2%/ 1º tri.17 em 14,5%, segundo o IBGE).

Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, o aumento da confiança dos empresários é compreendido pelos sinais consistentes de retomada que a economia vem apresentando nos últimos meses. “A melhora do ambiente econômico, mesmo que de forma moderada, está devolvendo a confiança aos empresários, que já conseguem enxergar um panorama mais favorável aos investimentos”, comenta. “No entanto, deve-se ressaltar que as dificuldades do governo em aprovar as reformas da previdência e tributária, podem levar a uma recuperação econômica mais lenta. O governo federal precisa continuar agindo e tomando medidas que garantam que essa recuperação ganhe força e não recue”, acrescenta.

Os empresários das pequenas empresas (de dez a 49 empregados) são os mais otimistas com o futuro da economia interna do País. O Indicador de Confiança dos Empresários das empresas deste porte teve um crescimento de 12,6 pontos, chegando a 56,4 pontos. Entre as microempresas (até nove empregados) o indicador ficou em 48,3. Já entre as de médio (de 50 a 99 empregados) e grande porte (mais de cem empregados) o índice foi de 52 pontos.

Expectativa para os próximos seis meses também é positiva

Os empresários mantêm uma expectativa positiva em relação ao cenário econômico e finanças das empresas para os próximos seis meses. O indicador de expectativa geral registrou aumento de 12,4 pontos, passando de 54,1 pontos no 2°tri/17 para 66,5 pontos no 3° tri/17. De maneira generalizada, a maior parte dos empresários de Belo Horizonte está otimista em relação ao cenário econômico e finanças das empresas a longo prazo.

A percepção quanto à situação econômica do País para os próximos seis meses também apresentou crescimento. O indicador foi de 44,1 pontos no 2º tri/17 para 59,3 pontos no 3º tri/17. E a expectativa é ainda maior quando diz respeito às finanças das empresas. Exemplo disso é que o item recebeu a maior pontuação da pesquisa, atingindo 73,6 pontos no 3º tri/17. “Os empresários estão mais otimistas com suas finanças, pois conseguem controlar a situação financeira de suas empresas. Diferente da situação econômica do país. Que depende de fatores externos e da tomada de decisão assertiva por parte do governo”, explica. “Além disso, o volume das vendas vem apresentando melhora no segundo semestre deste ano, o que permite que os empresários controlem suas finanças. A expectativa é de resultados positivos para 2017”, explica o presidente da CDL/BH, Bruno Falci.

Metodologia – O Indicador de Confiança do Empresário é mensurado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais das finanças pessoais, expectativa para a economia brasileira e expectativa para as finanças pessoais. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos empresários.

Quando um desses indicadores vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a cem. Zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito” e cem indica a situação máxima em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.