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Número de dívidas dos consumidores da capital mineira reduz 5,32% após três anos de crescimento

Sugestão de Pauta

A queda na taxa de desemprego de um trimestre para o outro (2º tri./17 em 13,2%/1º tri./17 em 14,5% – segundo o IBGE), a redução da inflação (IPCA acumulado dos últimos 12 meses até setembro de 2017 em 2,54% – conforme dados do IBGE) e da taxa de juros (Set.16 em 14,25%/Set.17 em 8,25% – fonte: Banco Central) contribuíram para que o número de dívidas dos consumidores de Belo Horizonte caísse -5,32% em setembro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Set.17/Set.16). Esse é o resultado apresentado pelo indicador de inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Desde 2014, o indicador vinha apresentando crescimento na variação anual. No recorte mensal da pesquisa (Set.17/Ago.17), a retração na quantidade de dívidas em atraso foi de -1,09%.  “A melhora dos indicadores econômicos possibilitou que parte da população regularizasse suas contas e quitasse dívidas atrasadas”, avalia a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos. “Além disso, as pessoas estão adiando sua decisão de compra por receio de contrair novos débitos”, acrescenta.

Entre os consumidores, que ainda estão com débitos em atraso, os com idade acima dos 50 anos somam (12,52%). De acordo com a pesquisa Perfil do Inadimplente, realizada pela CDL/BH em janeiro de 2017, a dívida média dos idosos é em torno de R$ 2.156,00. “Na maioria dos casos, essas pessoas sofreram redução na renda devido à aposentadoria, e em contrapartida, suas despesas ficaram mais altas. Um exemplo desse aumento são os gastos com saúde e medicamentos”, explica a economista da CDL/BH. Os jovens, entre 18 e 24 anos, são os que possuem o menor número de débitos (-26,81%).

Na estratificação da pesquisa por gênero do devedor, houve redução no número de dívidas em ambos os sexos no mês de setembro. Entre as mulheres o percentual ficou em -5,65%, e o dos homens em -5,54%, o que representa uma pequena variação entre os gêneros. O número médio de dívidas em setembro deste ano foi de 2,14 dívidas por pessoa, já no mesmo mês de 2016 era de 2,21 dívidas.

Inadimplência também recua entre os consumidores de Belo Horizonte

O número de belo-horizontinos com o nome inscrito nos cadastros de devedores caiu -2,04% em setembro em relação ao mesmo mês de 2016 (Set.17/Set.16). Na comparação com agosto deste ano (Set.17/Ago.17), houve redução de 0,8% na inadimplência. Segundo a economista da CDL/BH, esta queda está atrelada a entrada de capital extra na economia no mês de agosto via antecipação do 13º salário para os aposentados do INSS, além da redução dos juros, da inflação e da taxa de desemprego.

Na abertura por faixa etária, a inadimplência entre os jovens ( 18 a 24 anos) apresentou a maior queda (-25,20%) em setembro, comparado ao mesmo mês do ano anterior (Set.17/Set.16). Já a maior concentração está entre as pessoas com idade acima de 50 anos (+13,89%). “A retração entre os mais jovens se deve ao fato desse público estar demorando mais a entrar no mercado de trabalho e, por isso, sem renda, não apresenta consumo e endividamento alto”, afirma Ana Paula.

No aspecto gênero do devedor, a queda da inadimplência foi maior entre os homens (-2,68%), enquanto a redução do endividamento do público feminino foi de -2%. “O decréscimo da inadimplência permanece menor entre as mulheres devido à taxa de desemprego ainda ser maior para elas (14,6% entre as mulheres no 2º tri.17 e 11,8% entre os homens no 2º tri.17 – segundo o IBGE)”, conclui a economista.

Metodologia – Os indicadores de inadimplência contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e a CDL/BH tem acesso.