Cresce a confiança dos empresários da capital mineira

A retomada das atividades econômicas do país é uma das responsáveis pelo crescimento da confiança dos empresários de Belo Horizonte. Esse contexto pode ser medido pelo resultado do Indicador de Confiança do Empresário (ICE) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) que registrou 55,5 pontos no último e 4º trimestre de 2017 (Out/Nov/Dez). Em comparação ao resultado registrado no 3º tri. de 2017 (Jul/Ago/Set), houve aumento de 4,3 pontos.

Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, o crescimento é explicado pela recuperação da atividade econômica atrelada a outros pontos. “A conjunção de fatores, como a queda da inflação, da taxa de juros, o aumento do rendimento real e o decréscimo da inadimplência, aumentaram a confiança e a expectativa dos empresários”, esclarece.

A análise por porte de empresa indicou que os empresários de pequenos negócios (de 10 a 49 empregados) são os mais confiantes com o futuro da economia interna do país, o indicador ficou em 59,0 pontos no 4º tri/17, um aumento de 2,6 pontos.

Expectativa para os próximos seis meses é positiva

A expectativa geral dos empresários sobre o cenário econômico e as finanças da empresa para os próximos seis meses registrou 73,3 pontos no 4º trimestre de 2017 (Out/Nov/Dez). Este resultado ficou 12,4 pontos percentuais acima do índice de 66,5 pontos registrado no 3º tri. de 2017 (Jul/Ago/Set), sendo está a maior pontuação já registrada. De acordo com Falci, a melhora do ambiente econômico e político do Brasil possibilitou que a confiança crescesse. “Este resultado demonstra que os empresários da capital estão mais confiantes com a economia do país e com a possibilidade de uma melhora em sua situação financeira nos próximos meses”, afirma.

A percepção dos empresários, quanto às finanças de seu próprio negócio para os próximos seis meses, também registrou melhora passando de 73,6 pontos no 3º tri/17 para 74,7 pontos no 4º tri/17. Já o indicador da perspectiva dos empresários, em relação ao cenário econômico brasileiro para os próximos seis meses, subiu de 59,3 pontos no 3ºtri/17 para 72,0 pontos no 4ºtri/17.

Percepção dos últimos seis meses segue estável

A percepção dos empresários quanto à economia brasileira, nos últimos seis meses, fechou o ano com 31,8 pontos. Segundo o presidente da CDL/BH, o resultado ficou abaixo do limite de referência de 50 pontos. “No entanto, percebemos que houve um avanço em relação ao 3º tri/17 (30,9 pontos), por causa da melhora dos indicadores econômicos como os juros (Nov.16 em 13,75%/Nov.17 em 7,5% – Banco Central) e a inflação (IPCA Jan. a Nov. de 2017 em 2,49%/Jan. a Nov. de 2016 em 5,97% – IBGE)”, explica. “Essas quedas aquecem o consumo e aumentam a atividade econômica”, completa.

Em relação às finanças de seu negócio e ao cenário econômico do país houve crescimento de 0,3 pontos e 1,4 pontos, respectivamente.

 

Metodologia – O Indicador de Confiança do Empresário realizado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais do próprio negócio do empresário, expectativa para a economia brasileira e expectativa para o próprio negócio do empresário. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos empresários.

Quando um desses indicadores fica abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a cem. Onde zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito” e cem indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.