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Taxa Selic: Opinião do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci

Sugestão de Pauta

O Comitê de Política Monetária do Banco do Central (Copom) decidiu manter a taxa de juros em 6,5%. Esta decisão já era esperada pelo mercado, mas não é a ideal para os setores de comércio e serviços e toda a cadeia produtiva. Para o varejo, a continuidade da queda na taxa de juros é um fator primordial para fomentar o crédito e consumo, bem como alavancar a atividade econômica, criando assim, um ambiente favorável para expansão dos negócios. Ao reduzir os juros básicos, a tendência é que os custos do crédito diminuam e a produção e os investimentos sejam incentivados. Quanto mais baixas forem as taxas de juros, melhor para a economia. Os consumidores ampliam as compras, as empresas produzem mais, e melhoram sua capacidade produtiva.

A manutenção da taxa Selic deve-se a alta ociosidade na economia e a necessidade de retomada do crescimento, via investimentos produtivos. E um aumento neste momento poderá inviabilizar a recuperação da economia, que já está em ritmo lento. Outro fator preocupante nesse cenário, e que interferiu na decisão tomada pelo Copom, é a constante alta do dólar, que pressiona a inflação, por meio de produtos e insumos importados. No entanto faz-se necessário aguardar os sinais de repasse cambial aos preços, uma vez que pode sofrer algumas defasagens.

Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a manutenção da taxa básica de juros, que está no menor nível da série histórica, tem que vir acompanhada de um controle da inflação e aliada a medidas que fomentem a atividade produtiva e a geração de emprego. O governo também deve tentar conter a alta do dólar, para que isso não prejudique o gradual processo de retomada da economia, que já foi impactado pela recente paralisação dos caminhoneiros, que abalou a confiança de empresários e consumidores, e também refletiu, negativamente, nas projeções do resultado do Produto Interno Bruno (PIB) do Brasil em 2018.  Esperamos também que as incertezas políticas, atreladas às eleições presidências de 2018, tenham a menor interferência possível na economia, que já sofreu muito nos últimos anos com o cenário político adverso.