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Chance de efetivação dos empregados temporários é alta na capital

Sugestão de Pauta

Quem procura uma vaga de trabalho neste fim de ano deve ficar atento, pois o momento é oportuno para quem deseja começar 2019 com um novo emprego. Pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) de 4 a 24 de outubro com 499 empresários da capital, apontou que entre os lojistas que irão reforçar suas equipes para o período do Natal, a maioria (50,4%) afirmou que existe grande possibilidade de efetivar os funcionários temporários. Apenas 24,4% responderam que a chance de contratação é muito baixa.  “Ainda estamos com um número de desempregados muito grande em nosso País, por isso os profissionais devem aproveitar esta oportunidade para buscarem sua recolocação no mercado e quem sabe começar o ano com a carteira assinada”, comenta o vice-presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. “Este alto percentual de empresas que consideram a efetivação dos temporários nos mostra que os empresários enxergam um cenário melhor para 2019 e que podem aumentar seu quadro de funcionários”, acrescenta Silva.

A pesquisa mostra também que para garantir um bom atendimento aos clientes no período das festas de fim de ano, 69,5% das vagas temporárias são para o cargo de vendedor. Em seguida, aparece a função de estoquista, com 8,4% e caixa (7,5%). Geralmente, o perfil solicitado dos candidatos para as vagas temporárias é que sejam pessoas com idade superior a 18 anos, que tenham disponibilidade de horário – inclusive finais de semana e feriados -, ensino médio completo, boa comunicação, simpatia e boa apresentação. “Para o cargo de vendedor é imprescindível que o candidato seja comunicativo, desenvolto e simpático. Experiência prévia no varejo pode ser considerado um diferencial”, explica o vice-presidente.

Em 2018 os empresários devem contratar, em média, 3,5 empregados temporários. Segundo o levantamento, a maior parte dos entrevistados vai admitir de dois a quatro funcionários (46,1%). Entre os segmentos, os que devem contratar o maior número de empregados são os de supermercados e produtos alimentícios (4,7 empregados temporários) e tecidos, vestuários, armarinho e calçados (4,2 empregados temporários). “Esses setores estão entre os que o movimento mais aumenta no final do ano, por isso a necessidade de mais mão de obra”, comenta Silva.

Regional Centro-Sul concentra maior parcela (35%) dos empresários que irão contratar temporários

Com expectativa de aumento nas vendas no período do Natal e festas de fim de ano, 18,7% dos empresários da capital mineira irão contratar funcionários extras. Entre eles, a maioria (89,1%) afirmou que a escala de contratação será igual a de 2017 e 5,5% que será maior. Já os que pretendem realizar um volume menor de contratações totaliza 5,4%.

Entre as Regionais da cidade, os lojistas que mais irão investir em mão de obra temporária são os das Regionais Centro-Sul (35%), Leste (23,3%) e Barreiro (17,6%). “Essas são regiões da cidade que possuem centros comerciais fortes, com grande concentração de lojas de diversos ramos, o que justifica os maiores percentuais em relação às outras Regionais”, esclarece o vice-presidente da CDL/BH.

Já a maior parte dos comerciantes da capital (81,3%) não deve admitir temporários neste ano. Em relação a 2017 houve uma queda de 31%. “Esse resultado está ligado à lenta recuperação da economia, que não foi suficiente para reduzir significativamente o desemprego no País e aumentar o consumo”, justifica o vice-presidente. A principal justificativa para os empresários que não irão contratar é que o quadro atual da empresa atende a demanda da clientela (65,8%). As demais justificativas são: cenário econômico ruim (12,8%); queda nas vendas (10,7%); empresa familiar (6,8%); redução nos gastos (3,7%) e empresa pequena (0,2%).

Setores que mais irão contratar

Entre os empresários da capital que irão contratar funcionários extras para atender a demanda do melhor período de vendas do ano, os dos setores de supermercados e produtos alimentícios e os de tecidos, vestuário, armarinho e calçados são os que mais irão contratar. Estes segmentos serão responsáveis por 62,8% das vagas. Em seguida aparecem as lojas de artigos diversos que incluem brinquedos, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, componentes e periféricos, artefatos de borracha (10,3%), as papelarias (6,9%) e outros (5,7%).

Dificuldade na hora da contratação

A falta de profissionalismo e responsabilidade dos funcionários são as principais dificuldades enfrentadas pelos empresários na hora da contratação dos temporários, conforme 42,7% dos entrevistados. “O empregado temporário deve saber aproveitar a oportunidade e demonstrar comprometimento com o trabalho, atendendo bem a clientela e fazendo boas vendas. Com isso ele aumenta suas chances de uma possível indicação ou efetivação”, aconselha Silva. Os demais obstáculos citados foram: a falta de experiências dos candidatos (20,1%); falta de capacitação dos candidatos (17,4%); custos (4,3%); processo seletivo (0,8%). Já 13% dos lojistas afirmaram não ter nenhuma dificuldade na contratação e 1,5% não responderam.

Metodologia – Foram entrevistados 499 empresários de Belo Horizonte e Região Metropolitana, no período de 4 a 24 de outubro 2018.