Taxa Selic – Posicionamento do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do governo Bolsonaro a Taxa Selic se manteve em 6,5% como era esperado pelo mercado. Essa é a sétima vez que o Comitê decide pela manutenção da taxa, que está em seu menor patamar desde o início da série histórica. Apesar disso, para os setores de comércio de serviços, esse ainda não é o resultado ideal.

Para o varejo, a continuidade da queda dos juros é um fator primordial para fomentar o crédito e o consumo, bem como alavancar a atividade econômica, criando assim, um ambiente favorável para a expansão dos negócios. Ao reduzir a taxa Selic, o crescimento econômico é incentivado, pois os investimentos são estimulados, o que leva a geração de emprego e renda, e consequentemente estimula o consumo das famílias.

No entanto, a manutenção da taxa Selic é justificada pelo controle da inflação, que fechou 2018 em 3,75%, índice abaixo do centro da meta estabelecida de 4,5%. Além disso, os preços estão subindo dentro do esperado e o mercado financeiro vem reduzindo sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Mercado (IPCA) de 2019. Desta forma a manutenção da taxa ainda é considerada boa para o crescimento econômico.

Mas iniciamos 2019 com um cenário melhor do que o dos últimos anos. Os principais indicadores macroeconômicos vêm apresentando melhora e a atividade econômica, um leve crescimento. Por isso a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) espera que o governo continue a desacelerar os juros para estimular as vendas e a tomada de crédito, tanto para os consumidores quanto para os empresários.

A CDL/BH espera também que junto com a redução da Taxa Selic e o controle da inflação, que o novo governo consolide o quanto antes a sua política econômica e monetária para criar um ambiente interno propício para atração de investimentos produtivos para o País. Além disso, consideramos fundamental que o governo concentre seus esforços no processo de aprovação das reformas estruturais (política, previdenciária, tributária, entre outras.) para colocar o País de volta no caminho do desenvolvimento sustentável e assim, levar a economia brasileira a um círculo virtuoso com juros ainda menores e a aceleração do ritmo de crescimento.